quinta-feira, 7 de maio de 2009

Abandono

Mais largado do que esse blog só a própria vida.
Alternando períodos de euforia e desânimo como quem muda de canal. Enfim...
Alguns posts melancólicos e outros um tanto quanto engraçadinhos, tudo regado a muito álcool, como não poderia deixar de ser.
Sempre que algo realmente me inquieta, eu sinto a necessidade de escrever. Quem sabe na esperança de romper algumas barreiras e me consolar. Quem sabe...
Desde o início eu já mudei de opinião tantas vezes que fica difícil traçar uma linha de raciocínio entre o que eu sou e todo o resto.
Do alto da minha inútil prepotência eu sempre acabo tombando solenemente, e de certa forma sempre antevejo essas coisas.
Um certo vazio pode ser preenchido com compras, com bebida ou com sexo. Não há mal que resista a quaisquer desses antídotos.
Prometo testar a eficácia desses métodos e relatar com mais frequência.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Domingo de Páscoa

Acordei de ressaca e encontrei 2 embalagens de hashi no chao do quarto. Como assim? Mesmo com a cabeça pesando mais do que uma bigorna (adoro essa palavra), fui conferir o que era aquilo. Eu nao sei comer com hashis!!! Ah tá, as embalagens estavam fechadas e eles estavam intactos. Isso explica muita coisa, ou nao. Porque eles estavam ali entao? Whatever... Se fosse pra fazer algum sentido nao pareceria entao que meu guarda-roupa se mudou para o chao do meu quarto. Minhas pelúcias só nao se suicidaram ainda porque a janela tem tela. O menor ruído soa como um elefante passeando numa vidraçaria. Resoluçao de ano novo: parar de beber.
Por falar nisso, onde estao os brincos que eu estava usando, a minha bolsa e os meus óculos?
Aos poucos encontro-os nos mais diversos esconderijos. Mas o mais importante eu nao acho. Sabe aquele papelzinho azul que a maquininha do cartao imprime pra voce se lembrar de quanto voce gastou? Deve estar no mesmo lugar que eu deixei minhas recordaçoes da noite passada.
Só me resta ir ao banco conferir meu extrato pra saber o tamanho do estrago da noite anterior.
Aliás, tem coisas que é melhor a gente nao saber. E viva ao benefício da dúvida, ou à aminésia alcoólica, tanto faz...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Madrugada pré-feriado. Feriado? Não vou viajar e amanhã tenho aula. Não sei em que nomenclatura pode-se caracterizar isso! Enquanto o sono não vem (simplesmente porque gastei-o durante o dia inteiro), passo minhas horas procurando produtos no Mercado Livre que nunca vou adquirir, adquirindo outros no E-bay sem a mínima idéia de como finalizar a compra ( e ainda tenho a cara de pau de escrever "Inglês Avançado" no meu curriculum... Tsc tsc...), dando conselhos sentimentais à amigos dos quais eu mesma nunca segui uma palavra, recebendo links de vergonha alheia do Youtube, e, porque não, ansiando por uma cerveja!
A vida seria bem mais fácil se o meu esmalte não descascasse na velocidade da luz. Mas, quem disse que a vida é fácil? Se fosse fácil não seria a vida, seria "Jogo da Vida", eu seria um pino rosa e teria um carrinho cheio de furinhos... Aliás, já reparei que o "Jogo da Vida", de vida mesmo não tem nada. Umas casinhas absurdas! Haja tio morrendo, haja herança... Se eu fosse a criadora haveriam casinhas do tipo: "Você bebeu demais e tá de ressaca. Uma rodada sem jogar" - "Teve filho fora do casamento. Pague R$7.000 pelo divórcio" - "Deu perda total no carrinho. Siga de ônibus até o fim do jogo" - Esse tipo de coisa bem mais realística!
Mas se eu reclamo da vida porque é difícil, e do jogo porque é fácil, afinal de contas, o que eu quero dessa minha vida?
Ta aí a pergunta que não caberia nem em "Slumdog Millionaire"!
E enquanto eu brinco de decidir o tempo vai passando.
A curto prazo eu só queria uma boa companhia para o feriado, cobertas agradáveis, alguns DVD's, alimentos perecíveis e alguma cerveja pra acompanhar isso tudo. É... acho mais fácil eu me preparar pra aula de daqui a pouquinho do que me embrenhar por esses devaneios noturnos.

domingo, 5 de abril de 2009

8 ou 80

Ou é abandono total, ou uma completa dedicação latente.
Isso sempre aconteceu com tudo o que comecei, e com tudo o que não terminei também.
Minha taça de vinho tem suco de uva dentro apenas porque eu acho sexy.
E, como se estivesse ébria, me pego pensando nas minhas últimas horas e nos últimos acontecimentos que me cercam. Porque as pessoas tem que colocar rótulos nas outras? Quer dizer então que a livre apropriação de determinado comportamento em detrimento de outros já é motivo para te colocarem em uma caixinha etiquetada? O marxismo barato de terças e quintas não tem me feito muito bem. E é cada vez mais difícil explicar o que eu sou a partir das coisas que não fazem parte de mim. A negação de algo não implica na aceitação de outra coisa, não necessariamente. Coisinha boa essa chamada de livre-arbítrio, né? Vai bem em qualquer época. Não importa a hora do dia, é só sacar o seu e tá pronto pra usar.

sábado, 4 de abril de 2009

Faz mais de mês....

Mentira, hoje faz exatamente um mês que eu não escrevo aqui!
Como blogueira eu sou uma ótima... Porra, nem pra fazer uma comparação eu tô prestando!
Nesse entremeio muita coisa aconteceu, pra melhor, pra pior, pra pior ainda....
Primeiro passo rumo ao "so far away" foi dado. E se tudo der certo, estarei postando em espanhol quando menos se espera. Será? Muita pretensão...
Tenho feito muita coisa sozinha ultimamente, até pizza eu pedi sozinha, e, porque não, comi sozinha tb! E não foram 2 ou 3 fatias, foi ela inteira! Reclamar do peso, todo mundo sabe, mas cometer uma atrocidade dessas é pra poucos!
Por falar em comida, desejo latente de temaki e não tem um cidadão de bem disposto a me acompanhar.
Resolução de ano novo (meio tardia): encontrar amigos que bebam como eu!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Hormônios & Volta às Aulas

No que a combinação acima pode resultar?
a) Vontade zero de sair de casa
b) Horas de fossa ininterruptas
c) Comer como se não houvesse amanhã
d) Terceira Guerra Mundial
e) Não foram esses os ingredientes da bomba atômica?
Todas as alternativas estão corretas sejam quais delas você escolher.
O que me conforta é que sei que daqui a alguns dias tudo vai parecer menos dramático, menos intenso e mais aceitável. Por enquanto parece que toda a injustiça do mundo encontrou o aportadouro certeiro. É possível, isso? Não deveria ser.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Conclusão de boteco

Do carnaval sobraram alguns souveniers, uma dor de garganta ingrata, dois dedões do pé desfalecidos, muitas fotos, algumas conclusões e surpreendentemente algum dinheiro. A semana mais rápida da minha vida começou no dia 19, foi até o dia 24 e nesse meio tempo se passaram apenas 5 minutos. Se no lugar do trio elétrico fosse uma sala de aula, se o cantor fosse algum professor tedioso de uma matéria igualmente desnecessária e no lugar dos foliões incansáveis houvessem alunos mortos de vontade de voltarem para suas camas, tenho certeza de que essa semana se arrastaria por 3 meses inteiros. O pior é ter de passar na porta daquela instituição de ensino, para poder voltar para casa todos os dias, e constatar que antes de estar preparada, as aulas ocuparão minhas manhãs como sempre o fizeram desde que me entendo por gente.
Minha vida se parece um pouco com a canção do Caetano: "Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína". Onde pareciam brotar novos sentimentos são na verdade revelações desfalecidas das minhas mais corriqueiras conclusões. Isso se aplica tanto com as coisas boas quanto com as mais degradantes. Certas coisas acontecem para que outras possam nos surpreender e cada vez mais eu me certifico disso e vou aceitando o que me vem sendo ofertado de bom grado. Minhas decisões podem por muitas vezes não serem as mais acertadas, mas meus sentimentos nunca foram tão claros. O universo é realmente o nosso cardápio e dá pra escolher entrada, prato principal e sobremesa. Algumas vezes nós até que somos servidos bem depressa, mas a maioria das vezes é como nos restaurantes que conhecemos, onde precisaremos esperar e esperar e esperar. Mas, o tempero para a comida não é a fome? Quanto mais se espera por um prato mais delicioso ele lhe parece quando chega. O segredo é visualizar com a máxima riqueza de detalhes o prazer e o contentamento que aquela refeição vai lhe proporcionar. Dessa forma, quando menos se espera ela está ali, diante dos seus olhos, como você havia imaginado. Bom apetite!