quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Conclusão de boteco

Do carnaval sobraram alguns souveniers, uma dor de garganta ingrata, dois dedões do pé desfalecidos, muitas fotos, algumas conclusões e surpreendentemente algum dinheiro. A semana mais rápida da minha vida começou no dia 19, foi até o dia 24 e nesse meio tempo se passaram apenas 5 minutos. Se no lugar do trio elétrico fosse uma sala de aula, se o cantor fosse algum professor tedioso de uma matéria igualmente desnecessária e no lugar dos foliões incansáveis houvessem alunos mortos de vontade de voltarem para suas camas, tenho certeza de que essa semana se arrastaria por 3 meses inteiros. O pior é ter de passar na porta daquela instituição de ensino, para poder voltar para casa todos os dias, e constatar que antes de estar preparada, as aulas ocuparão minhas manhãs como sempre o fizeram desde que me entendo por gente.
Minha vida se parece um pouco com a canção do Caetano: "Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína". Onde pareciam brotar novos sentimentos são na verdade revelações desfalecidas das minhas mais corriqueiras conclusões. Isso se aplica tanto com as coisas boas quanto com as mais degradantes. Certas coisas acontecem para que outras possam nos surpreender e cada vez mais eu me certifico disso e vou aceitando o que me vem sendo ofertado de bom grado. Minhas decisões podem por muitas vezes não serem as mais acertadas, mas meus sentimentos nunca foram tão claros. O universo é realmente o nosso cardápio e dá pra escolher entrada, prato principal e sobremesa. Algumas vezes nós até que somos servidos bem depressa, mas a maioria das vezes é como nos restaurantes que conhecemos, onde precisaremos esperar e esperar e esperar. Mas, o tempero para a comida não é a fome? Quanto mais se espera por um prato mais delicioso ele lhe parece quando chega. O segredo é visualizar com a máxima riqueza de detalhes o prazer e o contentamento que aquela refeição vai lhe proporcionar. Dessa forma, quando menos se espera ela está ali, diante dos seus olhos, como você havia imaginado. Bom apetite!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Imitando Fernanda Young

"Eu já me incomodei muito por ser tão odiada. Mas agora entendi que as pessoas que se incomodam comigo estão odiando algo em si mesmas que vêem em mim. Fico me perguntando o que em mim causa tanto mal-estar nos outros. Talvez uma liberdade que eu tenho e que elas não usufruem e gostariam de ter."

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Pelo menos por enquanto


Eu poderia estar me lamentando, mas o oráculo está do meu lado, por que motivos devo me preocupar? Ele previu, alertou e aconselhou, agora é só esperar. Eu já esperei até hoje, os próximos passos serão suportáveis! Eu tenho um bom motivo pra desacreditar, mas uma força absurda me pede pra ter calma, e eu obedeço! Fui presenteada com as palavras mais doces do mundo, com a promessa do sentimento que eu sempre almejei, o que mais haveria de querer? O universo sempre conspira a nossa favor. Não que eu queira ser otimista demais, apenas estou me deixando levar pela sensação. Eu pude ouvir aquela voz tenra me dizendo exatamente o que eu quis ouvir durante todo esse tempo, e por um relez instante eu pude tocar o céu, sei que pude. Uma felicidade absurda, um contentamento desunamo e um impulso encorajador me fizeram voar pra bem alto. Dizem que quanto maior a altura, maior a queda. É, pode ser que isso seja verdade, mas, pelo menos por enquanto, o prazer do vôo supera o medo da aterrissagem.

Panapaná

Vidinha mais engraçada essa.
Um dia você acha que tem certeza do que tá sentindo e no segundo seguinte chega a roda viva e muda tudo!
Roda mundo, Roda-gigante, Roda-moinho, roda pião...
Sair de casa quando tudo conspira pelo inverso é uma coisa, mas sair de casa e encontrar 3 latões por 5 reais já é outra bem diferente... Ô cevada que me arrebata as emoções!
Ir para o salão de beleza de ressaca, que tal?
E quando você pensa que nada mais pode ser diferente o inesperado chega e te deixa sem fala.
Algumas borboletas morrem pra dar lugar a milhares de outras, mais intensas, mais coloridas e muito mais supreendentes.
Velhas amigas e energia nova! Cartas e mais cartas.
UNOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Sorte no jogo, azar no amor? Eu diria que dá pra se ter os dois!
O amor é como o jogo de cartas, é só esperar a hora certa pra revelar o que você carrega consigo.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Perto Demais...

Sair ou não sair? Eis a questão....
Parafraseando Shakespeare , me pego nesta noite de sexta feira, após um dia inteiro de borboletas infernais, nesta dúvida cruel que me atormenta os pensamentos. Ficar em casa depois de ver escoar por água abaixo a possibilidade de aquietar esses pequenos insetos, significa amargurar a dor de ver silenciar uma vontade latente que tem incinerado meu cérebro! Hoje vai passar 'Closer' na televisão... Pra mim não tem remédio melhor para quando estou neste estado. Fico lá, quase letárgica, vendo tudo aquilo como se um pouquinho da minha existência também fizesse parte daquela confusão... Porém, não tô achando que hoje isso seria o mais recomendado! No entanto, sair implica uma logística muito grande: escovar os dentes, banho, uma roupa que não me engorde (cada vez mais difícil!), perfume, alguma paciência com o transporte público, algum dinheiro, alguns sorrisos, muita cerveja, e depois dessa parte tudo fica um pouco mais confuso!
Ficar em casa é admitir uma derrota, mas sair é uma tentativa desnorteada de esquecê-la.
Alguém pode me explicar o que deu em mim dessa vez?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Insegurança

Você já sentiu como se milhares de borboletas lhe povoassem o estômago? Elas ficam num bater de asas frenético e tudo o que você consegue pensar é naquela sensação! Pior que algumas se atrevem a voar pela boca e o fazem quando você menos espera, de repente escapolem, e tudo o que você consegue fazer é corar as bochechas! Se eu pudesse controlar as minhas borboletinhas agora eu iria pedir pra que elas ficassem bem quietinhas e parassem de me fazer passar vergonha. Como é que um simples telefonema pode causar sensações tão anormais? Ontem pela manhã quando eu acordei eu não sentia nada disso. Em que ponto de nossas vidas tudo muda e a gente não percebe? Eu não pedi as borboletas, elas vieram sozinhas, sem minha autorização e agora inundam meus pensamentos e sensações. Eu poderia passar a minha vida inteira sem elas. Poderia? Só sei que hoje está tudo um pouco diferente. Não era pra ser assim. Logo eu, sempre tão comedida, sempre certa nas minhas incertezas e sempre convicta do que eu não quero! Dá até pra ouvi-las se prestar bastante atenção. Um pouquinho de silêncio e eu já as ouço, tenho certeza de que são elas. Acho que vou tomar um anti-ácido.

Só sei que nada sei

Daria pra encher um oceano inteiro com as coisas que eu não sei. Eu não sei usar hashi, eu não sei cozinhar feijão, eu não sei matemática, eu não sei cortar minhas unhas, eu não sei converter vídeos em mp4, eu não sei a hora de parar de beber, eu não sei me impor, eu não sei as regras do poker, eu não sei a fórmula da Coca-Cola, eu não sei tocar instrumentos de percussão, eu não sei ser objetiva, eu não sei disfarçar ciúmes, eu não sei usar um monte das funções do meu celular, eu não sei escrever com a mão esquerda, eu não sei escalar muros, eu não sei a diferença entre fluorescente e fosforecente, eu não sei se estalagmite fica em cima ou em baixo, eu não sei pilotar uma moto, eu não sei se quero ter filhos, eu não sei porque as pessoas comem escargot, eu não sei quantos dentes eu tenho, eu não sei fazer flexões, eu não sei conter minhas lágrimas, eu não sei falar em público, eu não sei pra que serve a teoria da relatividade, eu não sei esperar, eu não sei...
Afinal de contas, não é este o sentido da vida? Que graça teria se eu soubesse fazer as coisas que eu não sei? Na verdade eu tô é bem feliz na minha condição de aprendiz!